Luciene Rroques

Numa pandemia não existem culpados; somente algo é certo,  haverá uma seleção natural e quem não for apto a sobreviver a doença irá morrer; e quem for apto e for socorrido adequadamente e a tempo irá sobreviver. Numa pandemia não há um inimigo de uma nação ou de uma economia ou de um sistema político. A morte é certa para todos que não forem socorridos de forma adequada. Numa pandemia o inimigo é declaradamente um guerreiro armado invisível disposto a matar  qualquer ser  humano que encontrar pela frente. Para um vírus não existe partido político. Não há classes sociais,  não há limites de território. Não existe patrão ou empregados. Não interessa  a economia,  o consumismo,  o capitalismo,  a ditadura,  o socialismo etc... Numa pandemia a estrategia de guerra é não deixar o inimigo se alastrar de uma só vez,  por isso os bons estrategistas estão forçando o isolamento social! Assim o inimigo vírus chega aos poucos; as pessoas vão adoecendo,  vão sendo socorridas conforme vão ado

O mundo em dias desacelerou,  desacelerou; a sociedade mundial começa a refletir. Eu que estudo,  pesquiso e escrevo comportamento humano,  por quase trinta anos, agora tenho a resposta para a pergunta que mais me fiz na vida. Como bióloga e biotecnóloga eu hoje faço parte do maior processo de adptação social humana e seleção de indivíduos da minha espécie: Homo sapiens sapiens; não pensei que eu veria na prática este momento de seleção natural que conheci nos livros. Este é um momento histórico único. De muita dor a todos os povos,  reflexão humana e aprendizado. Ou agora se aprende a viver o que é ser um ser humano social; ou realmente somos predadores que nascemos errados; tese que defendo desde a infância. Estou triste com a resposta da minha maior indagação; hoje a tenho. Vejo as pessoas começando a entender o que é a igualdade entre seres da mesma espécie,  igualdade humana. Vi em dias,  em meses a solidariedade ( que é a base de qualquer sociedade,  uns ajudando os outros e

VOAR,  AMAR E SONHAR Meu amor, Teu amor, É nosso amor somente. A gente contente. Inveja de certa gente. Nosso canto, alegremente. Nossos momentos suavimente. Nossos sonhos, Realizados para sempre. Enquanto tem gente que mente,  nós dois contentes. Nossos corpos suados, O óbvio de nossos amor, demonstrado no sorriso sempre aparente. Não precisamos de parapente. Nem mentimos pra toda gente. Quem tem asas voa somente. E nós voamos de contente! Não precisamos de parapente. Quem é feliz sorri somente. Dispensa tristezas de certa gente. Quem é feliz não mente. Voamos contente, sem parapente. Longe de falsa gente. Somos  amantes,  somos  eternos,  somos ardentes, Nas nuvens da cama nós dois eternamente,  voando sem parapente. Sem parapente, faz inveja a toda gente. Amor eterno é um presente. Nossos corpos flutuam, Voam de contente! Inventam até parapente. Matamos de inveja muita gente. Nosso amor imponente, Para sempre presente, Causa inveja de muita g

Miráculo Na sombra caminho, jamais prejudico alguém! Defendo-me se convem. Durante a escuridão levanto. Vibrações  de espanto me vem. Um erro cometido por alguém. Ao simples som da vibração, acordam em mim o meu leviatã; louco quem o faz naquela manhã. Tolos os que pensam, Poder matar minhas manhãs,  os meus doces talismãs. Meu leviatã acorda. Estrapola meus domínios. Tolice,  viver é o meu eterno talismã,  com a vida ou sem ela,  há muros em todos os os meus reinos. Elevo meus olhos, nas sombras da noite. Desço as ruinas da  alheia escuridão,  atravesso por onde reino. Entro e saio de qulaquer lugar. Não sabem,  mas em furia descem comigo, eu os  arrasto e deixo lá. Levo todos que tentem me destruir;  os tranco em sim mesmos! Se tornam fracasso e tristeza,  solidão! Me deixe dormir; diz meu leviatã. Não me afronta a escuridão, A luz é própria em minha imensidão! Nos reinos,  não importa qual,  eu reino por igual e lá antes e depois de morta já sou imortal. Pa

Ensine seu filho o valor do trabalho e dos estudos. Desde muito nova aprendi a trabalhar e estudar,  eu tinha doze anos quando saia da escola e ia para uma confecção cortar linha,  trabalhava umas três horas por dia. Depois,  ia para casa e fazia as tarefas em casa. Minha mãe era uma mulher muito inteligente, sábia; eu tinha tempo para tudo,  logo,  eu estudava,  "trabalhava"  hoje se chama estágio  (o meu trabalho aos 12),  e é lei a partir dos 14 anos o governo já incentiva os pais a  formar pessoas de bem e independentes. Eu fazia todas as minhas tarefas e por fim eu descansava e ia brincar. Eu brincava de escrever poesias,  de carrinho, de bola,  de subir em árvores etc... O tempo passou eu estudei,  trabalhei,  me formei em várias áreas; trabalho e diploma caminham na mesma direção. Eu escrevi livros,  plantei árvores e tive três filhos! Obrigada mãe, você é meu exemplo de mulher! Obrigada por ter me ensinado a ser a mulher que me tornei.  Obrigada mulher mãe, 

O pé de Ingá Vez ou outra daqui vejo, uma lagarta a lhe afrontar. Comi o fruto plantei a semente, Cresceu ali,  meu pé de Ingá. Por vezes com o corpo jovem; queria se envergar. Lá estava eu com a fita; amarrava, puxava prá lá e pra cá. Lagartas nas folhas pequenas, queriam lhe devorar, lá estava eu: a lhes retirar! Hoje o sol bate em suas folhas, E eu já nem posso lhe alcançar. O gigante faz sombra ao chão. Quem sou eu para lhe salvar? A vida cheia de mistérios,  vem sempre ensinar: o fruto me deu a semente, E eu,  fui lhe cuidar! Na vida tudo é zelo, não há como contestar! Hoje é gigante,  o meu pé de Ingá! Luciene Rroques 2020. Um grande abraço a todos!