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Mostrando postagens de dezembro, 2020

Um dia diferente

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UM DIA DIFERENTE Um dia diferente; foi assim. Envolveu-se no globo terrestre. Doença insistente. Matava quem dela morria!  Era coisa simples em muita gente. Era letal entre parentes. Da noite para o dia,  o contente descontente se fazia.  O povo correu para suas casas. A tristeza invadiu muitas mentes. Governos no mundo inteiro; desolados, rinitentes,  queriam tudo igual antes, mas era notória a nova vida das gentes. Espalhados mundo afora, desolados e descontentes, houve incorformados que chamaram à rua as gentes! Dias sombrios,  tornaram-se presentes. Muito caixão na promoção,  batia a morte na porta das gentes!  Gritava as familias que perdiam seus entes. A notícia corria, confundia as mentes. Era gente que torcia pela volta do normal indiferente, onde se morre sem ser gente. Era ente que gritava: - essa doença é letal! Era gente que menosprezava quem morria desse mal. Era todo tipo de gente querendo uma vida igual.  Foi ai que descobriram que o que existia era banal e letal. Ter sa

Os contos secretos

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  O ÚLTIMO OLHAR Naquela noite,  ao estacionar, ficou no carro. Olhava os bebados que passavam pela calçada. Bem ao lado da casa havia um bar. Triste sina, aqueles que não querem voltar ao lar, esticam seus corpos em qualquer lugar. Olhando aquele movimento, Angel percebeu que o esposo cobrava de um senhor moreno, bem ali adiante. Logo foi passando a mulher loira,  seus cabelos eram de tranças longos abaixo da cintura. Ela também seria cobrada naquela noite. Era uma mulher sofrida,   foi jogada ao orfanato,  sofreu de fato; saiu de lá quando maior de idade.  Depois de sair se envolver com um homem,  teve uma filha.  O homem por sua vez,  a abandonou ao orfanato da vida e levou consigo a criança concebida. Pouco tempo depois ela engravidou de outro homem que também fora embora. E esse, tudo abandonou,  agora vez ou outra trazia um dinheiro para a filha.  Entenda que a vida carrega armadilhas. Os homens complicam o mundo. Confundem em suas próprias trilhas. Com esse dinheiro que o pai

Os leões

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  - Ah,  senhor Bocardio quem disse formiga?  - Não importas,  a ti,  sou a voz. - Calma,  retumbante, a voz! Insistia no saber,  não sabia o viver miserável da fila do pão.  Pouco tivera da vida. E para que tanto? Não quisera ser feliz como o par de sapatos jogado ao canto. Ficou por ali. Escutava os anjos. Ouvia a liberdade da dor. Via o ódio sem o menor pudor. Assolava o estar num forte abraço,  lutas sem laços.  Era apenas o senhor Bocardio. Um abatido das injustiças desta vida. Mudou de planos e foi ter com Carmem Miranda. Por lá ninguém entendeu,  mas todos podiam ver que as charretes eram puxadas por gente. Gente que estava na fila. Erguia com força qualquer folha no caminho. Na noite seguinte veio Olavo a falar das loucuras do compradre. Estava deveras louco, jamais doido, e nunca idiota. Alice olhava na porta e via o gato de botas sem nenhum sorriso no rosto. Eis que em um pulo o gato caiu do telhado e saiu capengando rua abaixo. Lá do outro lado da rua  o Diabo olhava assutad

As letras escrevem

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  Escrevo! Escrevo por amor. Dor do Ser. Humano escravista,  Desumanos humanistas. Escravizado Ser no ser!  Escrevo! Escrevo. E quem há de conseguir ler? Escrevo eu,  escreve o Ser. Palavras que tanto escrevo,  É acervo para o mundo ler. Escrevo, eu descrevo o ser!  As letras a escrever. Luciene Rroques Um grande abraço a todos.