Luciene Rroques

Urutau,  Canta triste a melodia de tantas lendas. Daqui se escuta o pássaro dono da tristeza. Morte em massa não é notícia? No mundo já é certeza. Que se negue as demandas,  veja onde há tristeza,  o homem lambe a frieza.                "Evolui",  destroi a natureza.  Veja o canto triste do pássaro gente trancafiado, o mundo inteiro desolado,  numa cortina de sobrevivência indefesa. E a morte vem da natureza? Da natureza humana,  plantar pra deixar morrer de fome. Planta,  colhe e nem todos comem.  Como o agronegocio permite tal ao homem? Canta triste o Urutau,  que já nem sabe pra que.  É guerra de tristeza. É retroagiar o padecer. Come José! Come maria! A mesa vai desaparecer. Os tempos mudam e as pessoas já mudas,  mudadas pode se ver; em meio ao caos,  o egoismo há de vencer!  E a morte vem da natureza? Só o urutau pode dizer.  Um grande abraço a todos! E se o mundo mudou? O ser humano também?

Hoje,  parei para ser índia! Da índia que descendo sou. Hoje,  parei para ser portuguesa. Dos portugueses descendentes de franceses que sou. Hoje,  não mais que hoje, Parei para ser a negra,  descendente da africa que sou. Hoje,  somente hoje,  parei para ser o resultado de uma transa globalizada! Um ser sem preconceito de nada. Hoje,  não mais que hoje, casei -me com descente de alemães. Na brasilidade enfim! Hoje,  não mais que hoje deixo filhos com sangue negro, índio, português, francês... Hoje,  não mais que hoje, sou a riqueza de ser da raça sem raça onde pertenço a ela toda. Hoje,  não mais que hoje sou Brasileira,  casada, 44 anos de genes de muitas cores!  Hoje,  não mais que hoje eu seja sempre,  o que realmente sou; um ser humano,  deixando ao mundo outros como eu.  Um grande abraço a todos!

O tempo,  Eu cá,  Contento,  Desisto! Elenco,  Já pronta,  Missão. Teatro social? Eu, não! Um grande abraço a todos!