O que eu sou?



Sou a pessoa que engole a própria dor com farinha para amenizar. Para aqueles que nunca me deixaram ir, mostrei a eles como sorrir na miséria e lutar nas desgraças desta vida. Com o passar dos anos estas pessoas me enteram e outras entenderão, já apaguei lápis com dedo de cuspe.

Sou a pessoa que já prefere a desgraça muita. Não lutei contra ela, eu remo através dela. E remo sem barco, me remo. Me lanço contra as tempestades da vida e acabo por me tornar tornado. 

Foi sem nada que sempre caminhei. Em busca de nada tive o tudo que o nada me traz. E do nada que tive fiz o tudo que tenho em absolutamente nada. Me torno lenda sem a menor sensatez. Não quero que a vida facilite mais nada, já acostumei a ser o furacão. Eu não passo por tempestades mais. Eu tornei-me as tempestades da vida que tenho. 

Se eu fosse abaixar a cabeça a cada dificuldade que já enfrentei na vida, eu teria desistido antes mesmo da fecundação. Venci ali. Aprendi a vencer e não foi perdendo. Foi me tornando a própria estreia nos absortos problemas da vida cotidiana que todos tem, mas nem todos sabem o que devem fazer com eles. Eu os agradeço!

Quem sou eu? 


Um grande abraço a todos!

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