Um dia diferente




UM DIA DIFERENTE

Um dia diferente; foi assim. Envolveu-se no globo terrestre. Doença insistente. Matava quem dela morria! 

Era coisa simples em muita gente. Era letal entre parentes. Da noite para o dia,  o contente descontente se fazia. 
O povo correu para suas casas. A tristeza invadiu muitas mentes. Governos no mundo inteiro; desolados, rinitentes,  queriam tudo igual antes, mas era notória a nova vida das gentes.

Espalhados mundo afora, desolados e descontentes, houve incorformados que chamaram à rua as gentes! Dias sombrios,  tornaram-se presentes. Muito caixão na promoção,  batia a morte na porta das gentes! 

Gritava as familias que perdiam seus entes. A notícia corria, confundia as mentes. Era gente que torcia pela volta do normal indiferente, onde se morre sem ser gente. Era ente que gritava: - essa doença é letal! Era gente que menosprezava quem morria desse mal. Era todo tipo de gente querendo uma vida igual. 

Foi ai que descobriram que o que existia era banal e letal. Ter sapatos em demazia,  ter dinheiro a revelia pra gastar no dia a dia,  gastar onde? Se ninguém estava lá se nada por completo se fazia. Para quem se amostrar naqueles dias? 

As coisas foram mudando,  e mesmo com tanta desgraça em toda família,  o mundo saiu de casa,  voltou a existir as armadilhas,  as festas a fantasia. O mundo tinha mudado de nada tudo valia; corpos,  milhares deles,  enterrados. Sonhos sacrificados todos os dias, eram velhos, adultos, jovens que não mais se via,  rico e pobre pra doença não existia! Enquanto uns sentia outros nem a via. 

A morte passava faceira, todos os dias; a ciência gritava e o tempo gemia, ciência não é coisa de um dia. 

Foi um dia diferente,  ainda me lembro daquele dia,  ele durou um ano; e mais anos nesse dia se faria,  poucos esta realidade via. É assim a vida humana durante uma pandemia! As coisas mudam e as noites ficam mais frias regadas por aqueles que choram suas mortes. 

O homem não se melhora,  a desigualdade faz alms ser vazias. Quem é bom segue assim;  quem não é vive mais um dia. A morte caminha ao lado esperando a sua deixa,  há quem vá com ela,  há quem a rejeita;  e o certo é que todos vão; com ou sem queixas, a morte nunca nos deixa!
Luciene Rroques 2020. 

Um grande abraço a todos.

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Eu sinto arrepios de alegria!

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