Vidas passadas, Lucy muito prazer

Hist. 1

Eu quis ser louca e não consegui. Quis ter dó de mim mesma e não pude,  foi assim que  eu me vencia a cada dia que mais e mais me conhecia.
Se por ventura você achar que a vida foi injusta com você,  não tenha medo de aprender a ser você mesmo a própria justiça de que precisa,  vencer não é para quem se vitimiza,  é coisa de quem se realiza; toda força que precisa está dentro de você jamais a procure por fora.

Não é incomum pessoas tristes por dentro em todas as classes sociais; pessoas com suas vidas,  mesmo que vivam transparecendo felicidade, em seu interior estão sentindo que a vida lhe foi injusta demais . Eu já fui assim um dia. 

Já vivi o cãos interno da frustração pessoal sem fazer ideia de que eu me colocava para eu mesma no pedestal da autopiedade medíocre. 

Certa vez uma amiga psicóloga durante uma conversa eu falei que precisava de uma psicologa pois eu tinha sérios problemas psicológicos mal resolvidos; e ela me disse: - você não precisa de minha ajuda! Se fosse o caso eu te ajudaria sem cobrar consultas.

Então retruquei: - sou eu um caso perdido de frustação da vida?
Ela como sempre sorridente; rindo juntamente comigo me  disse: não,  não mesmo! Pois você é um caso de força interior incrível e que precisa é ser estudado para tratarmos quem precisa de verdade. Seu quadro de personalidade é indescritível na minha literatura Freudana.

Naquele dia voltei para casa.
Nada de psicologos! O psiquiatra também tinha me dado o fora. Nem o neurologista queria atender a minha desamparada saúde mental. O muito que consegui deles foi uma alta em bom tom que ao traduzir eu entendi bem. Eu não tinha nada que eles pudessem tratar. Foi frustrante. Eu não teria aqueles remedinhos de tarja preta ótimos para dormir.
Era ser realista e aceitar que eu tinha uma personalidade a ser por mim estudada e compreendida e não uma doença a ser curada. Alta geral sem nem começar um tratamento,  era demais pra mim. Parecia um complo de médicos do cérebro que não me queriam como paciente.

Mas,  tudo bem eu superei aqueles foras médicos e fui seguir meu caminho,  lutar por mim na batalha chamada de vida. Chegando em casa tudo estava como sempre: frustante e muito cansativo. Crianças chorrando,  caca de cachorro pra limpar,  roupa pra lavar,  uma casa gigante pra eu arrumar,  provas pra corrigir,  materia da faculdade para eu estudar,  alguns tijolos e areia para eu levar da porta da rua para dentro do lote em um carrinho de mão! Nada tinha graça. Era sem dúvida a minha derrota como ser humano a volta para casa depois do trabalho provava o meu fracasso.  Ao chegar já passei logo a mão na vassoura.

Não se assustem,  eu não voei. Eu dei uma faxina daquelas em tudo limpando tudo que via pela frente. Hoje penso eu devia ter dado banho no gato; mas isto não vem ao caso,  afinal eu não tinha gato. Lavei as roupas,  arrumei o jantar, carreguei a arreia e os tijolos,  dei banho nas crianças,  alimentei-as e finalmente entrei no banho. 
Foram longos cincos minutos pois odeio desperdiçar água. 
Durante o banho me vinha na cabeça a frase da psicóloga amiga. Foi assim que decidi me estudar. Eu era a pesquisadora,  e eu era a pesquisa. Eu precisava me conhecer.

Vi em anos que a minha história só eu escreveria; todas as demais pessoas seriam no máximo leitoras de minha história. Ninguém além de mim seria ou faria minha história. E eu,  só poderia contar comigo o tempo todo. Aquela vida tão ruim que eu sentia no peito,  aquele terrível sentimento por dentro; sentimento este que dizia: a vida é injusta com você! Ah,  meus amigos,  isto  tinha que ter uma saída  eu já estava começando a me irritar comigo mesma.

Um grande abraço a todos.
Fique em casa se puder.
Tudo isto vai passar!
Até a próxima Hist.2.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Além da imaginação

Poesia : De onde venho

Amor Eterno