Mulher sem calcinha 2.



Obs: meu vestido de noiva eu o fiz do meu jeito sem pitacos,  exato como imaginei,  vocês sabem,  nada meu é copiado,  sou bem original. ( Devido a pandemia não haverá recepção e nem as festas que planejamos em GO.  e no ES. Para nossas familias.


Era uma vez eu,  luciene Rroques uma cinderela com caneta e papel.

Uma mulher decidida não muda nunca,  e dinheiro para ela não tem valor. Uma mulher como eu trabalha estuda e vive bem diferente das demais. No meu conto de fadas eu escrevo a minha história. No meu íntimo o amor dos livros nunca morreria e não morreu. Vou me casar como e pelos motivos que sempre imaginei serem os que levam as pessoas a se casarem. Como eu disse no texto anterior,  por não ter inveja das calcinhas alheias,  fiz a minha vida totalmente diferente e meu conto de fadas é real.

Estudei muito,  trabalhei bastante. Meu casamento foi erro. Eu tinha apenas 16 anos de idade e estava me casando não por querer,  mas por achar que devia. Nunca tive paciência com os rapazes,  eu jamais parava para lhes darem atenção, achava perda de tempo; meu foco sempre foi estudar,  trabalhar e escrever. O meu  ex marido era um destes rapazes; tentou conversar comigo algumas vezes e levou algumas "patadas" eu não tenho paciência até hoje para conversinhas. Sou muito direta e realista. Eu sou o tipo de pessoa que se quisesse fazer sexo com alguém chegaria e falaria na cara não ficaria fazendo joguinhos de sedução. Para mim homem que não é amor,  só pode ser uma coisa: sexo e nada mais.

 Comigo os rapazes nunca tiveram assunto de namoro, sexo ou amor. Os poucos que comigo conversavam eram aqueles que conseguiam ter acesso ao meu mundo particular,  o mundo dos livros e fantasias. Foram raros os que conseguiram falar meia dúzia de palavras comigo. O amor que escrevo nos livros não apareceu na adolescência; cheguei a pensar que jamais existiria um ser tão diferente a ponto de eu ama-lo. Sempre desconfiei que os homens fossem iguais,  e para mim foram; então me casei com aquele que pediu ao meu pai minha mão em casamento e meu pai  aceitou,  E por longos anos desisti do amor.

Por eu ser muito nova eu acreditava que eu deveria fazer as vontades do meu pai e não as minhas. O tempo passou,  casei. Foi muito ruim meu casamento,  pois meu ex marido era uma pessoa muito diferente de mim; nunca fomos felizes e todos os dias brigavamos por qualquer motivo! Em absolutamente nada a gente combinava,  foram vinte quatro anos de puro sofrimento para mim e para ele; pois nunca nos amamos.

Ele se casou comigo para implicar a mãe  e a prima dele. Depois de alguns anos a própria prima dele que logo que me separei eles se casaram e foram ser felizes para sempre,  esta prima falou para minha filha o seguinte: - o seu pai,  meu primo,  sempre me amou e queria casar comigo,  seu pai chegou a me pedir em casamento na adolescencia,  mas eu dei um "fora" nele e por isto ele se casou com sua mãe. Se ela tivesse aceitado ele,  teria evitado todo o meu sofrimento desnecessario ao lado dele. Uma pena ela não ter aceito o primo; pra anos depois aceitar o meu ex marido primo. A tia dela dizia que ela me inveja,  hoje sei que não mentia. Há tantas conversas na família deles sobre os motivos do relacionamento dos dois que eu cortei relações até com a familía,  pois nenhum dos dois me interessa. Mas ela ter me dado o próprio carma por anos,  não foi uma boa. Eu sofri sem necessidade.

Os motivos do meu casamento anterior são no mínino ridículos para a união de qualquer pessoa. Ele casa para ofender a mãe e a prima; e eu  casei porque meu pai aceitou o pedido dele e eu achava que eu devia obdecer as ordens de papai. Meu pai me casou com o primeiro que me pediu em casamento. Alias foi com o segundo,  o primeiro a me pedir em casamento era um cara muito bacana,  educado,  calmo; mas naquela época mamãe não deixou papai me casar. Três anos mais tarde minha mãe tinha falecido e eu não tinha mais quem me defendia de casamentos aleatórios e sem reais motivos. Hoje entendo bem com base em que deve se dar um casamento.

Me lembro que na época do meu casamento o meu ex marido e a mãe dele me obrigaram a assinar e aceitar documentos para eu não ter direito a dinheiro,  imóveis, estas coisas; hoje penso quanta bobagem,  nunca precise de dinheiro do meu ex marido,  nem quando estava junto nem depois de separar,  sempre trabalhei e comprei minhas coisas e ainda cuidei dos três filhos que tivemos juntos. Ao lado dele passei necessidade até de comida. Quando eu ficava desempregada e ele comprava comida só para quinze dias. Ele foi o pior marido que eu poderia ter. Foi muito ruim para mim.

Em vinte e quatro anos de casada eu nunca ganhei nada do meu ex marido,  nenhum presente de valor ou se quer carinho e companheirismo. Tudo que eu fiz ao lado dele ele pegou para ele e hoje usa com sua prima com quem vive junto. Mas isto hoje para mim não tem a menor importância. Eu continuei estudando e trabalhando e não preciso de nada do que construi.
Sai do casamento sem nada; mas levei tudo que eu precisava: minha liberdade de volta,  retirada a força aos dezesseis anos. Ele ficou com o dinheiro dele e com o meu. E isso não fez a menor diferença pra mim,  pois nunca precisei dele.

Com o passar dos anos por estar convivendo com uma família que só pensava em dinheiro,  tudo ali girava em torno de se dar bem com dinheiro; bom,  eu criei ódio de quem põe dinheiro acima de tudo. Esta classe de gente na minha vida não perpetua nem por uma hora. Não me servem. Foi onde entendi que as pessoas entrariam e sairião da minha vida com uma facilidade e velocidade incrível.
Por fim,  próximo dos meus quarenta anos,  já madura,  olhei e vi meus filhos crescidos,  vi ali ao meu lado um esposo que eu nunca desejei ter. Uma pessoa que me fazia tanto mal que cheguei a pensar em suicidar por duas vezes para não viver mais o sofrimento que era ao lado dele. Eu na verdade carregava um "carma" que a prima dele deveria ter aceito lá atrás e se casado com ele.   No entanto ele não tinha o que ela queria,  logo não o aceitou. Se ela tivesse aceito o pedido de casamento dele,  teria evitado o meu sofrimento ao lado dele.

Apenas duas coisas de interessante eu vi nele e por pouco tempo. Ele fazia caridade  e ele estudava. Mas depois que casamos vi que quem deixa a mãe dos seus próprios filhos sem o suor do próprio trabalho nada tem de caridoso; conheço ele muito mais hoje depois de separar. Com o tempo passei também a fazer as tarefas dele da faculdade,  então vi que ele não era tão estudioso assim. O fato foi, não admirei nada nele,  e tanto o amor quanto o gostar depende de admiração,  hoje entendo que nem cheguei a gostei dele. Me casei por obdiência ao meu pai,  meu pai assinou no meu lugar,  pois eu era menor de idade. Mas tudo passa e agora vou lhes contar um segredo: Não há felicidade eterna,  nem sofrimento que dure. Há pessoas que escrevem sua história e agora eu estou nas páginas mais lindas da minha vida. Vou me casar finalmente pelo motivo que se encontra nos melhores livros de romance!

Eu disse que ia mostrar o vestido antes  do casamento não disse? Está aí acima o meu vestido. Sonhem e sejam felizes. Quem sonha realiza

Fique em casa,  tudo passa,  esta pandemia vai passar!

Um grande abraço a todos.

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