Auuuuu... Uivos na madrugada


Auuuuuuuuuuuuuuuu, era notável os uivos quê se aproximava da casa amaldiçoada! Casa está quê além de maldita destruiria a vida de quem tenta te-la ou dela quisesse livrar. Batida meia noite e podia se ouvir ao longe os uivos quê se aproximava.

Eram uivos de tristeza na alma, melancolia e uma maldição quê ali se imperou, infelizmente ele não sabia porque tanto uivava na madrugada. Naquele lugar havia mortos quê choravam seu suor, e o seu uivo os retiravam das tumbas todas as noites. E quando um morto chora o quê lhe pertence, a nenhum outro vivo de mesma linhagem pertencerá tal coisa, a morte é certa!

Dona branca tinha olhos verdes era mãe de mais de meia dúzia de filhos. Vivia ali, naquele maldito lugar que já era infestado de maldições dos mortos quê choravam por aquele pedaço de chão. Dona branca sabia disto, por isso nunca se atreveu  a ver aquela casa como lucro. Ela dizia: isso aqui não se aluga, não se vende, só serve pra morar. Via como moradia apenas,  pois não tinha outro lugar para ir com os filhos. Criou os filhos lá.

Já próximo de sua morte, dona Branca chamou sua filha caçula e lhe deu a charada da casa dos horrores. A menina magrinha, franzina, cabelos claros, pele branca como uma lagartixa de parede, era uma criatura a beira da morte, mas dona de uma inteligência invejável. Disse-lhe a mãe: - Todos quê com este lugar tentar ter lucro, com este lugar irá se afundar. Vou me mudar daqui, mas daqui não saio nem morta!

A o terreno  era do falecido avó da menina, a casa quê a família morava foi construída misteriosamente por alguém quê mandou os tijolos e o filho de pai morto construiu com suas próprias mãos, assim dona Branca e o marido acompanhados dos filhos passaram a ter um teto. Tudo ali cheirava morte e mistério. Nem mesmo quem lá morava teria paz alguma nesta vida, imagine quem quisesse ter lucro com a casa maldita. Eram noites de horror e sangue naquele local. E assim seria para sempre!

Passou os anos dona Branca já morta voltou para aquela  casa. Junto com os outros mortos que levantavam de suas tumbas e ali iam chorrar o seu suor. E choravam o seu suor com desgraças, sangue e morte naquele lugar, Dona branca  ficava por ali observando quem por avareza ou qualquer razão quisesse lucro com a casa, tirou a filha da maldição, mas... Era fatal para qualquer um quê se atrevesse a ficar com o suor dos mortos, o inferno ali se instalava e em alguns segundos e os uivos invadiam o local.

Mas o tempo passa, e os uivos se sessaram! Ele não entendeu a charada, atropelou a razão e os ensinamentos da mãe morta. A morte alcançou mais um  quê ali não entendeu a maior das charadas quê a vida lhe colocou no caminho, a ganancia era o passaporte. A fila de mortos ficam ali naquele terreno esperando o próximo para levarem pra tumba, os mortos quê choravam o seu suor sobre aquele lugar levam tudo quê é seu! Nada fica com ninguém.

Dona branca estava certa! há mortos quê vão chorar o seu suor! Se decidem levar seus pertences, matam o vivente, mas não deixam lucro a ninguém. Não cruze  este caminho, ele está no além, cuide só do quê é teu, não queira nada de ninguém! Ser feliz e viver é presente bem além, da vida não se leva nada, mortos levam o quê você tem: a vida.  Ou você passa antes do tempo para o lado deles e vira mais um a chorar o seu suor ou acidentes lhe tiram tudo quê o morto mais tinha dó.

Tudo quê a morte deixa, ela vem cobrar de quem pega para si! A vida é a mais bela de todas as charadas. Uivos sofridos ecoam sobre a madrugada, ao longe quem tem o ouvido aguçado e ouve na morte, ainda pode ouvir a razão quê diz: a Vida é uma grande charada quê ecoa nos gritos da madrugada em quê o a morte leva até bens imortais. Há quem sente saudades eternas dos uivos na madrugada, do abraço na chegada, mas há quem se arrepie!



Amor, sorte e paz, o resto tanto faz.

Um grande abraço a todos

Comentários

Unknown disse…
Adorei!
Me lembrei dos contos de Alan Poe!

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