Os contos secretos ( os meus agradecimentos a todos que gostam do que eu escrevo lêem e compartilham tanto.)




A casa é sua o dinheiro é seu, e...

Um tolo homem;  ele é o maior dos imbecis; já foi inteligente e amável, mas durou bem pouco; o homem bom era uma mascará que caiu logo no primeiro ano de convivência com Deusa. Nunca foi capaz de ver o que é a riqueza de um homem. Nasceu, viveu e morrerá pobre. É dono de uma pobreza espiritual que jamais será enriquecida, nem com rezas bravas! Morrerá como um velho medíocre, egoísta e solitário; cercado de falsidades, ao lado da prima amante para quem ele deu o dinheiro que retirava da família. Certa vez foi bem claro o pobre diabo: _Quero outra família! Ele se referia a prima que sempre gostou muito do dinheiro que ele achava ter.

Não passará de um coitado nesta vida, será enterrado pelo governo, mesmo tendo três filhos maravilhosos, os quais ele perde dia após dia uma vez que nunca deu valor no amor dos filhos;  não terá ninguém  por  perto para lhe enterrar os restos mortais. Todos vão lhe deixar, o ódio dentro dos filhos cresce a cada dia, é fato é questão de tempo!

Morrerá nos braços do arrependimento, beijando a solidão, cercado de víboras por  todas as partes, com a sogra que todo homem ruim merece ter, ah que sogra, ela é o tipo de pessoa que rouba a irmã no caixão, rouba o próprio neto, pensa o que fará com o genro, já faz, lhe rouba e pega fotos para fazer macumba toda vez que ele ingenuamente sai para viajar, a sogra invade a casa e recolhe tudo que consegue. É, éh aquela história neh! Ao lado do futuro caixão deste desavisado, não haverá se quer uma gota de amor em uma lágrima. Os três filhos estarão milhares de quilômetros distantes do carrasco egocêntrico que um dia chamaram de pai. A cada dia ele sem perceber constrói o ódio e o desprezo dos próprios filhos.

Ele não sabia, mas ele mesmo cavava a própria cova com sua arrogância e ganância desmedida. Certa feita tentou  até um centro espírita para se tornar uma alma  melhor, um bom pai, um homem melhor mais justo e sereno, mas isso nunca deu certo! Era burro o bastante para ser arrogante o suficiente diariamente com os próprios filhos. Ia morrer do próprio veneno em breve. Não havia religião capaz de lhe salvar, pois não era inteligente o bastante para perceber o óbvio. Poderá ter mil filhos, mas estes três ele perdeu para a mãe; ao mostrar a sua verdadeira face de homem perverso, maldoso e sem o menor bondade na alma, perdeu.

A metade da maior riqueza ele já teve nesta vida, ele já havia perdido, era a família; e  a outra metade  com o passar do tempo  ele perderia; perdia um pouco a cada dia, e a prima lhe ajudava constantemente; ia com ele de carro para todos os lugares e as pessoas comentando:_ esta mulher não trabalha, sobrevive do dinheiro do primo há anos. Todos podiam ver o que ele estava fazendo, menos ele, estava cego!   Enxergava apenas o próprio umbigo e pouco se importava com os sentimentos dos filhos que um dia lhe amou. Gastava o dinheiro da mãe com outras mulheres.

A outra metade de sua riqueza era os filhos; mas ele nunca se importou com as pessoas; todos para ele tinham um preço. E os filhos nunca valeu nada, representava apenas um encosto como ele falava diariamente. Deste modo  já se encaminhava a perda total o amor dos filhos, faltava bem pouco. Bastava que o pai medíocre continuasse lhes ferindo a alma, sendo vil e mesquinho com a mãe destes. 

Os três assistiam a cada passo do pai indignados e silenciosos. A mãe de  longe assistia  as idiotices que ele cometia perdendo o amor dos próprios filhos. A mulher não lhe suportou, e a família foi desfeita em um piscar de olhos. Ele era, e é, soberbo e arrogante demais para continuar  tendo o privilégio da companhia de uma mulher de alma tão nobre. Os deuses ordenou a ela que se distanciasse de um homem tão ruim como aquele!  Colocaram  um  cessar em seu sofrimento que se arrastava por anos. E ela como sempre, alma nobre e evoluída, obedeceu as vozes da razão, abandonou o sofrimento e foi embora.

Numa tarde de domingo ela adentrou em seu carro, levando apenas as suas roupas, deu partida e foi embora. Deixou todos os outros pertences para trás. Ele não entendeu qual era a riqueza da vida dela e não percebeu que ela nunca deixaria os três filhos, pois para ela eles são tudo, sempre serão! É  eles  a maior riqueza que ela tem. E ela de longe estava apenas esperando as falhas que ele iria continuar a cometer  para com os filhos. Assistindo tudo ao longo do tempo os três veriam quem era o monstro que habita na imagem de um pai. Ao sair da casa após um acordo onde ele desejou que ela fosse morar embaixo da ponte; ela foi bem clara nas suas ultimas palavras, mas ele não prestou atenção. E olhou nos olhos dele, entregou as chaves da porta da casa e disse suavemente: _ A casa é sua o dinheiro é seu! Acelerou o carro e saiu. E ele não entendeu qual era a riqueza dela.

Ele  continuou soberbo, a cada dia mais monstruoso, auxiliado pela prima ambiciosa ele fazia as piores maldades que um homem injusto pode fazer; seguia prejudicando a ex mulher da forma mais baixa possível. Ele sempre foi um homem que se envolveu com baixarias, fingia bem na frente das pessoas, mas as escondidas era outro homem. Levou mulheres do mais baixo calão para a cama da ex esposa, nem trocou os lençóis! E os filhos viam tudo. Enquanto ela se portava justa e serena, o tolo homem que se sentia rejeitado metia o pé pelas mãos dia após dia.

Se envolvendo até o pescoço com pessoas horríveis, capazes de lhe difamar para a cidade inteira, contando detalhes íntimos para as amigas; conta-se na cidade que Adryela, uma prostituta, que não perdoava nem o próprio pai com quem manteve um incesto por anos fez a festa com o tolo homem tentando levar algum trocado, difamou o pobre diabo nos quatro cantos; terminou o amor intenso que ela sentia, ou melhor dizendo, terminou para ela a chance de matar o velho e ficar com a fortuna, então ela saiu do relacionamento e  difamou o tolo homem  para todos. O que a ex esposa não fez, a prima e todas as outras fariam.

Conta de boca em boca que ele levou mulheres para a chácara que é  também da ex esposa,  e ela trabalhou por isto, mas ele fez questão de humilhá-la proibindo ela de visitar a sua própria chácara, e os filhos assistindo tudo calados, e conheciam quem era o pai. Ele usando o dinheiro do suor  da mãe com outras mulheres, os filhos viam e ficavam indignados, só observando e comparando a diferença entre a conduta da mãe e a conduta do pai.  Sempre silêncios os três observavam. O ódio pelo pai crescia dia após dia, no silêncio dos justos a mãe teria sua maior justiça; ficaria com toda riqueza só para ela: ficaria com os três filhos que tanto queria ao seu lado. O pai os perdia gradualmente pois não era a mãe falando mal do pai, era o próprio pai mostrando aos filhos o quanto ele era malvado injusto e sem caráter quando estava ao lado de qualquer mulher, fosse a prima ou tantas outras que ele tinha quando estava no trabalho! 

Em um dado momento o pai sendo o homem ruim e perverso que sempre foi, para prejudicar a mãe dos próprios filhos lhe roubou  o dinheiro de comprar remédios  e  de sobreviver para dar um sapato  branco para a prima amante, esta por sua vez odiou o presente. Isto foi a mostra mais fiel da verdadeira face daquele homem sem caráter, capaz de roubar a mãe dos próprios filhos para dar dinheiro as prostitutas com quem conviveu por toda vida. Usava o dinheiro da ex esposa  com outras incontáveis mulheres no trabalho, na rua, e com aquela que ele dizia ser bola da vez, a do lar, agora era a prima. Eram muitas mulheres de hábitos duvidosos no mundo social as preferidas dele. Os filhos só assistiam os atos do pai e o tempo passava. 

Era um idiota completo, e ainda é um completo idiota o homem que não sabe envelhecer sendo justo e digno! Está atirando dia após dia nos próprios pés, e em breve não caminhará  nunca mais ao lado dos filhos, é fato. Para ter filhos, terá que ter outros filhos!  Em suma, jamais terá o amor dos filhos de volta, pois um homem tolo perde tudo muito fácil.  Ganhava o ódio mortal da ex esposa; e de quebra fazia para ela o maior de todos os favores: afastava de si mesmo os  filhos  que: ao vê-lo prejudicar a própria mãe, sabiam que eles seriam os maiores prejudicados, logo se revoltavam com a tamanha injustiça do pai para com a mãe e com eles.

A cada dia os filhos caiam mais e mais na realidade dos fatos e queriam estar bem longe do monstro gigantesco que o pai se tornava cada vez que prejudicava a mãe deles. A mãe ao ver que os filhos eram justos; sabia que muito em breve todos eles iriam embora com ela, não ficaria nenhum para ele; ele que tivesse outros filhos, pois, este tesouro ela não queria mais dividir. Teria os filhos ao seu lado, envelheceria junto deles e com um detalhe: não precisava ter novos filhos! Os filhos dela lhe amavam como ela os amava. Eram três pessoas justas de valores inestimáveis.

Em silêncio, de longe, lá está a ex-esposa assistia o tolo homem afastar os filhos de si ficando cada dia mais e mais pobre. Ela alma boa, calma e serena, observa esperando a vitoria completa, ou seja, ela junto aos seus maiores tesouros: seus três filhos. Ela não precisava, não precisou mostrar aos filhos quem era, quem é o pai; ele mesmo se encarregara de mostrava o monstro que sempre foi para a mãe deles. O pobre rico ia perder os três filhos no amor e na distância. 

O mais novo dos três já tinha passaporte e faria dezoito anos em breve, a mãe poderia leva-lo para qualquer lugar do mundo a qualquer momento; era só isto que a mãe esperava para proferir sua última frase:

_A casa é sua, o dinheiro é seu; e os filhos, ah os filhos perfeitos que Deus me deu a honra de carregar no ventre e cuidar por anos; a minha única riqueza nesta vida; pois bem, os filhos serão somente meus! Faça outros para você!

Aquele era o último sorriso da Monalisa, era ela a própria Charada. E o oceano esperava pacientemente pelas ilustres visitas que lá serão felizes para sempre! A vida é justa, e alguns homens são tolos de pensar o contrário!


"Havia um falso rei, sentado numa mesa enorme; ele tinha muito dinheiro, alias, ele só tinha dinheiro! E como companhia na outra ponta da mesa ele tinha sentadinha lá, uma cobra de estimação que dizia: _É aquela historia néh, que te falei..."

( Luciene Rroques 2018. do conto A cobra que dizia...)



Um grande abraço a todos!

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