A sombra do amor


Fonte da imagem Google. O fantasma da òpera.


A sombra do amor

Eram duas da manhã quando ele chegou; abriu a porta devagar. Longo o corredor a caminhar. O coração  acelerado ao amar, era o anjo a chegar. O frio dos olhos de Anastácia nunca mais lá há de estar. O corpo gelado, um olhar maculado , o mais fiel dos pecados. Amar! Coração amaldiçoado. O amor em Avalon ressaltado; amor exaltado.

Nos teus olhos aprendeu a maldade da alma dos homens. Cravou na cura da eminência, a falta de condolência; era Anastácia!  No espírito da contradição de sua existência; paciência aos mistérios da solidão,  calçou - se de amor a ilusão.  Um anjo obscuro de coração.  A letra da maldição. 

Caminhou lentamente  nos corredores em sua direção. Amor e devoção. Paixão! Uma loucura infindável. Amor inalienável. A obscura clareza da felicidade.  Seus olhos firmes beijavam a realidade. Lá estava ele, o fantasma e as suas vaidades. Cobria-lhe  a dignidade. Um solene caminhar. Anastácia  gélida eternamente a lhe esperar. Os anos a se passar. As almas vão eternamente amar!

Não obstante o homem há de falhar; na procura incessante do próprio ar. Numa falha tão vibrante do se auto encontrar. É  amar. Nos sentimentos tão profundos onde dois corações não há.  O fantasma sabe amar! Onde habita a maldade daquele que egoísta vai buscar. Conjugue o verbo amar, e uma pessoa há de encontrar; o fantasma está lá.  A primeira do singular. Assim vai amar!

O silêncio sombrio das fantasias do sonho obsoleto mistério. O homem cravado de sonhos no além do etéreo. O solo de amor estéril. Acima de um cemitério. Os olhos medonhos da fera que busca a alma sangrenta de amor. Oh! Clama a voz da eterna dor. Ouvia os passos no corredor.

A voz cobria - lhe a alma vazia. O corpo infindável sempre jazia. O amor; implacável nostalgia! Mais perto o sentia. O anjo que nunca se via. Mistérios que amam a vastidão dos dias; ao amor Anastácia fazia; jazia as mãos que lhe tinham alegria. O fantasma sempre existia. Anastácia lhe detinha. Em teus Beijos ele vinha.

E quando aqueles perversos, fantasmagóricos e diabólicos olhos, fitou aquela que lhe esperava; viu o amor que nunca se abalava; estava diante do amor que não amava, Anastácia. Paz profunda de quem se buscava. E a ópera mais uma vez começava! Vagarosamente estendeu sua mão,  tomou - lhe em eterna afeição.  Em seus braços; solidão! O enlace de uma maldade eterna. Uma loucura que nunca se desespera. Lúcida, sóbria.  A bela é a fera! O fantasma da letra espera. E o amor,  impera!



Um grande abraço a todos!

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