Os Contos Secretos

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A bruxa no lago do Paranoá.

Vou te contar uma história que aconteceu nas bandas de cá. A história é cabulosa, mas você pode acreditar . Certa vez, um pobre homem que não sabia reza, foi pescar; entrava em rio de piranhas e saia sem se machucar! Ele achava que era inatingível. Não conhecia a lenda da bruxa que em qualquer lago pode estar. Pode estar em qualquer lugar. Achava que todos os bichos, ele poderia dominar; morreu na beira de um lago, de tanto conversar! Já era um tagarela quando foi se banhar no lago da bruxa lá no Paranoá. Virou galo difamado depois de se atrapaiá. Para tudo que era lado ele queria atirar. Era ruim de pontaria, e o tempo foi passar, sem ele nunca fisgar! O seu Paranoá, é um sujeito medíocre e rabugento, um simples coitado, mas deixava quem quisesse no seu lago se banhar; era só atravessar a margem e não o incomodar.


Morreu do lado de lá. O pobre homem não sabia rezar, os olhos muito inchados de a vida tentar olhar, morreu do lado de lá. Já nem podiam seus olhos fechar, não via um palmo a sua frente e queria em tudo estar. Pobre homem vaidoso, morreu num pestanejar. Achou que difamando mulheres, era bom pra pescar; contava histórias para os peixes e queria lhes fisgar; os peixes escutavam e continuavam a nadar. Caiu no chão o homem que iria às nuvens chegar. Queria ser gente grande, que pena, que pena,  sua alma  bem pequena. A espreita na emboscada a bruxa sempre atenta, a alma sangrenta dos homens que matou. A lei da bruxa era simples: caçar todo e qualquer caçador, foi caçar o pescador.
Conselhos nunca ouviu, se achava inteligente:  o pobre, pobre homem inocente, indecente indigente. Não conhecia o que era, a tal da danada mente. Se achava tão poderoso a ponto de se descuidar. E lá no plano mais alto, foi se esborrachar; tentou se aproximar da bruxa que passava pelo lago do senhor Paranoá. Viu uma imagem de mulher intrigante e quis com ela estar. Ela viu nele um rato, e logo se pois a caçar, maquinar, a espreita ficava a lhe observar. Podia transforma-lo, num sapo; mas sapo ele já era; podia virar um rato de laboratório à espera, bastava um toque da bruxa para transforma-lo em  um galo, assim ficaria fininho; embora pudesse vesti-lo, com o seu mais  fino linho. Gravidade fez o homem se acabar.  A feiticeira do lago estava a lhe observar. Pobre homem, pobre homem; no lago do lado de lá. Se metera com o bicho errado, pois a mulher do lado era uma feiticeira.
O sujeito acostumado a namora tudo que via, resolveu fazer folia e algazarra na estribeira. Mal sabia que aquela, era a mulher que defendia; toda mulher fraca, que: a vida não entendia. A espreita a bruxa lhe sentia, pois o gosto do seu sangue na boca lhe vinha, a maldade dos olhos da bruxa, só ela tinha, e com tal derrubava todos os galos de rinha. A bruxa reconhecia, todo e qualquer canalha que via, canalha é sobremesa pra mulher banho de água fria. Um ser de outro mundo que a tudo conhecia, era a danada da bruxa que nem sempre mal fazia, se respeito ela sentia. 

Mal sabia o pobre diabo que se apaixonou, amou e amaria até a sua própria morte, uma feiticeira, mulher linda eternamente faceira, a bruxa feiticeira. E ela ama a si mesmo de segunda a segunda feira. Virou galo de rinha, saiu arrotando mentiras com farinha. A feiticeira, calada cortava-lhe os trilhos da linha. Achava que tudo que via era galinha, pensava já na farofada, pobre homem de beira de estrada, na vida não entende nada. E de fome comia tudo que tinha. Não sobrava nem baratas lá na porta da vizinha; pobre homem faminto de mentiras com farinha. Precisava de muita água, para molhar a sequidão, que o infeliz carregava, no oco do coração. A bruxa lhe tinha, de maldade a ser servido com farinha, guardou o galo de rinha, poderia faze-lo um sapo. O fez galo, é um posto menos tosco pro bocado de coisas fuleiras que merece o intencionado. 
Os dias passando e ele voltava ao lago; insistia com   a bruxa   que queima-lo vivo queria. Algumas desavisadas acreditavam que a bruxa lhe queria, pobres mulheres tolas que a feiticeira não entendia, não entendiam nada do que via, as mulheres românticas de água fria. A bruxa, só ria: das trapalhadas do galo que achava que era homem. Que nada pescava; e só se enrolava nas histórias na beira do lago. Os peixes calados viam a bruxa a espreita; e o tolo homem que queria pescar com histórias de galanteador ia se afundar com o tempo a passar. A verdade iria chegar sem ter como contestar; pobre galo que já nem sabia se foi homem, ou, se foi galo transformado por uma bruxa!

Curtia com a cara das moças e desmoralizava muié casada, caçoava até das idosas e ninguém entendia nada. A bruxa se fazia de inocente e calada observava tudo sem lhe escapar nada. O tempo foi passando. Essa era a vida do galo que queria fazer estrada; queria ser importante as custas da mulherada. Sonhava ganhar o mundo se envolvendo com as  abestadas. Mulheres simplórias que não entendiam nada. Mas, a bruxa há décadas já era bem treinada. E verdade a história que conto para você! Um homem virou galo sem nem mesmo perceber; tinha função de terreiro pra quem pudesse lhe ver, reprodutor ligeiro, para quem pode compreender. É função miúda, todos devem saber! Homem não pode ser galo, ou vai padecer. A bruxa transformou o homem em galo, e não adianta diferente querer! 
A história é estranha, mas foi isso que aconteceu, ele jurou que viu Julieta e se achava o grande Romeu! Tentou os seus truques com todas; e certo, sempre deu. Exceto com a danada da bruxa que defende tudo que é seu: a honra de mulheres, sempre lhe pertenceu!
Uma bruxa cautelosa que já tinha seu Romeu. A espreita a bruxa lhe definhava em plenos olhos seus. Adeus! Virava galo magro, a ponto de afundar no lago. Nem galinha mais se importava. Entrou no caminho errado o homem; perdeu-se do caminho seu. Ama desesperadamente uma bruxa que nunca lhe pertenceu, e nem mesmo atenção lhe deu! Virou galo de rinha ao cruzar o caminho seu. As bruxas  só vivem o eu!
Quebrou a cara o pobre homem que encontrou-se com a bruxa Morfeu. O amor sem amor tem a face de encantar. Convence qualquer um; que não souber jogar, assim é a bruxa! Uma feiticeira malvada que morra nas bandas de cá. Cuidado com os olhos da bruxa, pois podem lhe enfeitiçar. Quem conhece a feiticeira, cuidado tem que tomar, pois pode ser o mais esperto dos homens, que ela há de derrubar; o transformará em um bicho, sem a menor compaixão, e o afoga em seguida no lago da solidão! E só ver o tempo passar. A bruxa vai se transformar e mais um desavisado vai por ela se encantar em qualquer lugar; ou em qualquer rio que se queira atravessar. Em um monte que fica bem alto, na história de qualquer colina: ela pode estar,  em qualquer esquina! Assim, esta história termina.

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Um grande abraço a todos!

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