O Reinado de Avalon


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O reinado de Avalon

Em um lugar muito distante havia um homem. Seus cabelos refletiam o brilho do sol, e seus olhos procuravam por algo perdido a muito tempo. A aflição de um sentimento que esvaire os segundos. Angustias que beijam-lhe no mundo. Amores de espinhos moribundos. Os sonhos em apenas um. Os homens sofrem em seus labirintos imundos; vivem, erram e deixam para traz seus destroços de felicidades.

Onde seu peito negro pela neblina de cores claras, gritava ao vento os tantos amores que já viveu. Sofria, e no peito se via o breu. Viveu. Morreu e ainda respirava! Era tamanha dor que sentia, ao mundo daria a volta em busca do motivo pelo qual seus olhos amargamente choravam. Ah, desespero de quem lhe bendiga, a amada, terna, eterna, e amiga. Saudade sorrateira na vida faz soleira. Esta sempre por lá. Abre a porta; e ela entra! Coração já não mais aguenta. E, a saudade do eterno só aumenta!

Em tantas tormentas, depois de muito caminhar; o guerreiro ajoelhou-se diante da porta. Já estava exausto, precisava do amor de Anastácia. A cavalaria ficou nas margens do rio. Amava num suplicio profundo, e silencioso enquanto longe do mundo. Chorava a canção bem lá no fundo. Um homem lindo, vestido de humanidade; sem o rubor da face que pertence somente aos canalhas.

Mendrey sabe chorar; pois entende bem onde um homem deve sempre estar. Desconhece o que não e teu, e sofre só por aquilo que e realmente seu! Apenas ama o que o eterno lhe deu. Porém a distância tolheu os sonhos. Em afins tristonhos, longe de cálculos enfadonhos o amor permaneceu. Distante dos valores medonhos Mendrey cresceu!

Ah' amor, evoca-te e sente a inveja nos sonhos dos homens que queiram o lugar seu. Mendrey vive um sonhar que a eternidade lhe deu! Cavalga nas nuvens de Anastácia. Mendrey existe porque já morreu! E encanta os olhos onde o amor lhe remeteu. Lá está, na soleira da porta; a imagem da mais bela mulher, em fracões de segundo ela se aproxima; beija-lhe, e desaparece na imensidão dos mais lindos sonhos. É ela a saudade eterna. E no peito ferve o desespero em vê-la, senti-la e não poder rete-la em suas próprias mãos.

Um amor, no infinito compasso, sublime no terno laço. E nos olhos refletem o amor que inveja os mortais. Homens sofrem demais! Amor entre deuses não há outros iguais. Este amor é sublime demais! Eles não se enganam, e sempre serão apenas um. E sempre retornam, e eternamente amam! São a porção máxima do infinito sentir. É belo, o mais bonito entre os homens. Consome as horas no mais doce pranto, um verdadeiro canto de amor na eternidade.

Amor e acalanto dos dias que eterno implora.

O belo deseja a amada de todas as horas.

Mendrey, o amor além da compreensão do agora!

Em instantes o tempo se acalma, a nuvem da bela se dissipa. Ele enxuga os olhos, pega o escudo, olha para a roda; sente clemência pela ação da criação de Aragão. Vê ali o sangue daqueles que desacreditaram nos homens, e se tornam caças, presas da ignorância desumana. Só Avalon entende o amor que nunca lhes consome; sente piedade daqueles que nunca serão amados por Anastácia. E o dia raiou, mais uma vez o sol desponta vindo lá de traz da montanha. Sobe em seu cavalo; entra mundo adentro, em alguns instantes avista a tropa; encaminha-se para a ponta e a conduz como o mais nobre de todos os guerreiros.

Nos sonhos dos homens.

A alma produz. Brilha tão clara, e sempre seduz!

Somente um bravo guerreiro ama a própria luz.

Se ouve o trotar dos cavalos.

E aumenta a saudade de Anastácia.

Os Contos Secretos.
 

Conto 3.

O reinado de Avalon.
Período Medieval.

Um grande abraço a todos!

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