Hoje é meu aniversário, 21-06; é verdade! ( Agradeço a todos os cumprimentos que tenho recebido; muito obrigada a todos vocês! e quero dividir com vocês fotos minhas e um pequeno trecho da minha história, aquela que nunca contei; mas conto parte dela embaixo de cada fotografia, a qual posto em respeito a todas as pessoas que sempre torceram por mim. vocês são muitos e cada dia descubro mais pessoas ainda, que estavam ao meu lado, mesmo sem que eu pudesse lhes ver. Logo após o conto abaixo, leiam abaixo das fotografias.)

21-06-2014 
 
O calor das lágrimas
 

Estive só, caminhei pelo gelo errante; sentia o frio desumano dos infernos de Dante. Ah! Amor, os olhos vibrantes que jamais se perdem numa fumaça qualquer; brilha tudo em que você estiver! Olhos quentes: feitos de amor e pura fé! Perdi-me no vazio, andei a pé.  Olhos frios que me viam e não podiam me ver passar. Caminhei sem conseguir parar. Doloroso é jamais te encontrar. E meu peito em chamas, eterno, em ti,  a clamar!
 
Foi tão inacreditável perceber o quanto invisível eu fui! Ouvir todos os cantos sombrios que ouvi,  e me dispus; recompus e sofri o eterno a que me seduz; de onde brilha a origem da qual tudo reluz . E caminhar, foi a minha maior  luz! Olhar dos lados e não te encontrar; meu sorriso gelado com a manhã a te lembrar! Um coração atordoado para sempre sem voltar. Como foi doloroso perder você! Se soubesses não iria entender, o quão triste é olhar e não te ver.
 
Caminhei; olhei cada parte do gelo por onde passei, distribui os sorrisos que de ti eu guardei; ninguém os viu e eu caminhei! Nas montanhas geladas das mentes humanas eu  calada andei. Tinha neve nas calçadas. Haviam vidas amarguradas. E as pessoas, andavam frustradas; decepcionadas com a desilusão. E eu, ali; prestei atenção! Caminhei em lentas nuvens que já nem sei. Meus olhos mudos no mundo eu encontrei; e em cada pensamento moribundo eu te chamei! Eu morri, eu dormi, eu acordei!
 
Em passos firmes decidi; abri meus olhos e continuei! Passei  por caminhos;  onde já nem mais sei!  O peito doía,  e a mente eternamente insistia; e te procurei, e não encontrei! Onde estás, eu não sei!  Em eterno sofrer eu só passei. Atravessei o inferno e aos braços de Hades me deleitei! Um encontro fascinante, daqueles que nem eu mesma esperei; o abracei e caminhei! Sozinha me deliciei na neve que eu moldei; enquanto eu te procurei!
 
Numa força descomunal nos teus olhos para sempre me cravei!  Abracei o que de mais feroz há no mundo; encontrei. Beijei as mãos do vento e gelei os pensamentos; em ti mergulhei, olhei as vãs ideias e nelas nunca lhe encontrei; estás acima de qualquer, aquele que sente, e sei. És a melhor parte da mente; nunca em mim mente! E o brilho reluzente é o teu olhar que todos sente! Ah, fascinante castelo que ergui tão diferente; aqui tudo  é coisa de gente; e se sinto, sou parte de ti, e ti sentes; e se nada diz, nada mente! É eterno está na mente, é um gomo de corrente.
 
Quando olhei, percebi a vida que criei, de ti eu amei o próprio amor que levei, sofri; calei. Meu castelo enfeitei; e sozinha  o ergui, eu bem sei!   E ao modo audaz, meu coração jaz, toda vez; pois te amo, e não é paz que se fez! Na escada da vida eu não verei-te mais uma vez.  E eu busco, e faço o nosso eterno laço para que as almas não fiquem vazias e se percam no passar dos anos das agonias.
 
Na escada eu subo; e o meu castelo, só eu derrubo! E na porta, não há maçanetas tortas; fiz lustres de tudo. Em amor  e louvor à ilusão; pintei paredes de coração. Abro os meus braços para num instante sentires o meu abraço. Respiro o ar que sempre conspiro! Beijo a fumaça dos meus eternos sentimentos.  Fecho a minha janela, tranco-me em meu palácio. E não há  nada com o frio desumano que eu não faço!



Minha eternidade em teus olhos!
 
Os contos secretos.
Parabéns você veio a esse encontro, descobriu este conto! 
007Conto.


 
 
 
 



 
Esse, é meu caderno (do ano de 1991) é uma das minhas provas que escrevo desde os doze anos de idade.
Mamãe preocupava-se com os meus contos, pois tinham cenas de morte, sexo, terrorismo, crueldades,  e tudo que é coisa de ser humano eu retratava nos meus textos. 
Então eu tinha que rasgar muita coisa, escrevia rasgava.
Escrevia de novo pra não esquecer, e rasgava de novo.
A capa dele (meu caderno) é um embrulho do ovo de pascoa que eu achei na rua da minha casa naquele ano: 1991.


 
Quem tem uma história de verdade pode mostrar:
 
Aqui é o meu caderno aberto, esse é o único que eu conservava escondido; para assim não precisar rasgar.
Já está amarelado com aspecto de velhinho; devido ao tempo, afinal ele tem 23 anos que guarda a minha letra e minhas primeiras palavras que eu escondia pra não ter que rasgar e não preocupar ninguém com meus escritos.
 
 
 
Naquela época eu já usava figuras.
Imaginei meus textos como uma plantação de uvas; e que um dia eu colheria se eu fosse eu mesma sempre.
No canto direito da folha "Seja só você" , eu escrevi. Luciene Rroques 1991."
 

O tempo é dono da melhor história; aquela que o homem não precisa inventar.
Escrevi muito, tive muitos textos plagiados, clonados; fui discriminada, mas eu nunca desisti de mim mesma!



E os dias iam  se passando e eu percebia o quanto as pessoas liam, copiavam, enviavam, clonavam;  e por fim: compartilhavam as minhas ideias imersas nas minhas palavras.
Assim fiquei 16 anos observando os meus escritos se espalhar.

 
Observe que nas folhas do meu caderno azul, existe desenhos; eu tinha 14 anos na época; e ao lado dos escritos existem um número; pois bem,  este numero é o numero de reflexões, pensamentos ou poesias. Como eu estava na adolescência, tinha muitas amigas na escola, então eu levava o caderno e elas escolhiam a poesia, ou a reflexão pelo número.
Assim eu deixava que elas copiassem e mandasse pros namorados, paqueras, para as professoras. E quando me perguntavam onde você arrumou isso; eu já respondia logo: é meu mas ninguém pode saber tá!




E os anos passam mesmo que as pedras no caminho apareça.
Lembre-se, você é um ser exclusivo e único e sua história é real.
E você existe.
Eu existi com o nome de muitos homens, e ate sem nome; já nem me lembro mais quantos pseudônimos tive ! Mas justo por eu existir:  um jornalista, me achou.
E o grupo deles me enviaram um Email dizendo que tinham muitas pessoas doidas para assumir meus textos!
Pois bem,  eu deixei de brincar de esconde, esconde, e passei a mostrar as cara nos concursos nacionais e internacionais.
Assumi meu nome verdadeiro.
E depois de tudo, eu pude ser eu!



Aqui mais uma página, preservada do dia 15-10-1991.
e nunca mais parei de escrever!
Bem, biografias eu não fiz! e não faço; pois não gosto do gênero, acho de pouco proveito.
Mas para toda ocasião eu tinha um textinho de uma mente de 14 anos, para emprestar pras amigas. Era só dizer a numeração e eu deixava elas copiar.
Pois bem, teve colegas que ganhou namoradinhos com meus poemas!
Acho que foi útil.


 
E um dia você cresce e descobre que todas aquelas pessoas que te ignoraram ou te destruíram por um instante; foram fundamentais para a sua insistência em viver eternamente!


 
E o colorido da vida passa a existir em qualquer lugar, e o cinza da vida também deverá existir; ou você deixará de ser um ser humano, pois tudo é dois.
 
 
E vinte 23 anos mais tarde; você  ( eu) já estudou um pouco mais, e hoje; sei que não tenho mais 14 anos.
E que agora já não dá mais para esconder meu caderno; nem meu rosto!
Pois minha história, eu não inventei, ela é real!


 
É onde se olha as pessoas que te odeiam por você ser quem você é, e então você as entende; e sente condolência por elas não terem a sua história real.
Mas entende e respeita cada uma delas.


E passa a admirar a vida em sua maior parte, ou seja a arte de viver!
Passar 16 anos escrevendo calada.
Melhor, 23 anos distribuído palavras que fizeram até pequenos romances na escola.
Bem, é meio estranho ser eu! Mas, eu sou assim.



 
O tempo passou e eu me aprimorei no que escrevia e escrevo; não sou uma escritora fantástica, não me acho o melhor ser humano do mundo, me equiparo a qualquer ser vivo e sempre procuro respeitar a vida!
Mas nestes anos todos, reconheci de perto o desrespeito.
E entendi porque faziam isso comigo!
Plagiavam, clonavam minhas histórias; em muitos lugares.
 
 












 
Fazendo um balanço de desrespeito que já recebi nesta vida; quero dizer uma coisa: nunca deixe de ser você; pois um dia, você se erguerá tão alto que: seus inimigos perderão o medo de te amar; pois se envergonharão deles mesmos, e entenderão quem é você!


 A melhor imagem que um homem pode deixar sobre a terra, é ele mesmo; pois todo ser humano é único; apenas um exemplar que nasce, cresce e um dia se vai!
A história que o homem  registra nas fotografias nunca se trai!
 
 
Nunca tive medo do tempo;  não faz diferença os dias, os anos, pois há algo no homem que não tem cronologia: sua mente, os seus pensamentos, pois estes pertence a alma e não ao corpo cronológico e com datas biológicas a ser cumpridas!
 
É muito bom ter o privilégio de se ver envelhecer; muitos não tiveram essa chance, pois algo quebrou-lhes o ciclo natural da vida!

 
 
 E hoje eu posso dizer: agradecer é um privilégio e não uma obrigação.
Hoje eu posso agradecer.
 
Agradeço a todas as felicitações de aniversário que venho recebendo desde o começo do mês de junho!
 
 21-06-1977.
Não tenham medo de dizer suas idades; pois só vence quem já viveu muito mais. Viver é ter a oportunidade de ser a criança que nasceu um dia.
Não importa o quanto seu rosto mude, suas feições nunca serão o seu exterior; pois: ele é só um pequenino reflexo da sua existência interna.
Sobreviver pode ser morrer, é preciso diferenciar e entender;
 pois é possível sobreviver cronologicamente estando totalmente morto.
Ir além da cronologia do homem, é entender o que é, e para que nasce uma criança!
 
 
Um grande abraço a todos!
 
 
 Luciene Rroques
 21-06-2014.

Comentários

Hilda Stein disse…
Parabéns Luciene!
Por sua garra, determinação e por essa linda trajetória.
parabéns por ser esta belíssima pessoa que nos brinda constantemente com sua escrita.
Obrigada por tocar nossos corações com seus lindos e profundos textos.
Que Deus continue lhe abençoando e iluminando sua vida hoje e sempre.
Um grande grande abraço.
Unknown disse…
Parabéns - Felicidades - Muitos anos de vida e muita vida com saúde.
As fotos só mostram que você é linda de todas as visões
chica disse…
UAU! Que lindo post! PARABÉNS pelo teu niver, pelo conto lindo e adorei ver os pedaços da tua vida. Que bom guardar os caderninhos, tanto tempo!! Muito bom! Lindas fotos! Que teu dia seja lindo e TEU ANO que hoje inicias, muito cheio de realizações! beijos,tudo de bom,chica
Luciene Rroques disse…
Hilda Stein;
Muito obrigada pela presença e gentis palavras.
Tenha um excelente final de semana.
Um grande abraço!
Luciene Rroques disse…
Luis rodrigues coelho coelho; muito obrigada pelas palavras generosas aqui.
Muitas felicidades a você!
Um grande abraço!
Luciene Rroques disse…
Chica agradeço a presença e as palavras. É só me sobrou esse e um outro caderno, pois eu tinha que rasgar o que eu escrevia, pra não deixar minha mãe preocupada. E com o tempo, me acostumei a ficar com a historia na cabeça, rasgar escrever, rasgar e escrever.
Chica tenha um excelente final de semana. Obrigada pela presença!
Um grande abraço!
Ingrid disse…
Parabéns!
muita saúde e sucesso!
lindo post comemorativo...
beijos e comemore muito!
Luciene Rroques disse…
Oi Ingrid; muito obrigada pela visita e palavras!
Tenha um feliz final de semana.
Um grande abraço!
Francísio Nobre disse…
Luciene, a única coisa a te dizer é feliz aniversário, e lhe lembrar que "um homem sem passado é um homem sem história". Você tem passado e por tem e constrói a sua história. Nem quero dizer mais, pois sou suspeito. Um grande abraço a você e a todos os seus familiares.
Luciene Rroques disse…
Francisio Nobre; muito obrigada, por tudo e sempre! Muita paz luz e felicidades pra você e todos os teus. Me lembrei da Kênya, uma professora que deu aulas comigo no cursinho. Um dia ela me disse assim; esses papeis seus tinha que ser guardado; isso um dia vira história. Virou, e hoje em respeito a pessoas como ela, você e tantos outros, é que faço questão de mostrar.
Muito obrigada pelas palavras Francisio. E seu livro está te esperando, qualquer dia vai lá buscar depois das férias.
Um grande abraço!
Πίπη disse…
Muitos parabéns pelo teu aniversário! Que sejas sempre cheia de inspiração!
Bjs
Luciene Rroques disse…
Pippi, muito obrigada. Desejo-lhe uma excelente semana.
Um grande abraço!
Unknown disse…
Boa noite Luciene,
Li tudo "de cabo a rabo" (duma ponta à outra) e pasmei. Pasmei, porque não conhecia sua história, como é lógico, aliás, a conheço há bem pouco, e através do blog. Grande evolução de menina a mulher, e grande virada de jogo em alguma altura dessa sua vida - muito bom, sinal, que nem sempre as coisas acabam mal, também há finais felizes na vida real.
Parabéns pelo aniversário, mas mais que isso, pela sua bonita história que você nos deu a conhecer aqui.
Tudo de bom.
Bjo amigo
Luciene Rroques disse…
Carmem Grinheiro; agradeço a sua presença. É um pequeno pedaço de minha história, e gostaria de dizer Carmem que a vida real, dá certo sim; quando ela é real!
Desejo a você uma excelente semana.
Agradeço imensamente as palavras.
Um grande abraço!

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